Empresa de recrutamento executivo espanhola Catenon volta a investir no Brasil

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Matéria publicada no Valor Econômico em 10/06/2019: https://mobile.valor.com.br/carreira/6299149/radar

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Motivada pela expectativa de retomada da economia, consultoria anuncia joint-venture com Optme RH

A demanda por executivos está em alta no país. Dados do Ministério do Trabalho e Emprego mostram que a contratação de profissionais cuja remuneração é superior a dez salários mínimos no último ano foi a melhor desde 2015.

Apostando nesse cenário mais otimista e em um ambiente de negócios favorável, a empresa espanhola de recrutamento executivo Catenon (CATN) está retomando as atividades no Brasil, com foco na seleção de profissionais de alto escalão.

Para isso, firma joint-venture com a Optme RH, consultoria fundada por Marcelo Arone – profissional com 10 anos de experiência em recrutamento para lideranças e que há 3 anos fundou a empresa, hoje referência no mercado de Executive Search para grupos familiares, fintechs e fundos de investimento.

Com mais de 20 anos de existência, a Catenon possui operação em mais de 100 países nos 5 continentes. Atualmente, possui 23 escritórios espalhados pelo mundo e tem como característica o uso de machine learning como grande aliado no recrutamento e seleção de talentos. Isso se dá através de um ERP chamado WOP (Worldwide Operations Platforms), que fornece informações de forma automatizada tanto para as empresas contratantes quanto para o profissional que busca colocação.

Com o slogan One planet, one office, a plataforma elimina a distância geográfica entre candidatos e stakeholders graças a uma sofisticada arquitetura de conhecimento, abrangendo diversas indústrias, e também à capacidade de apresentar virtualmente candidatos a clientes pela web, por meio de ferramentas como a Entrevista Técnica Filmada. “A Catenon se beneficia da experiência de vários centros de inovação localizados em todo o mundo. Como resultado, somos capazes de incorporar tecnologia pioneira e inovadora em nossos processos e, portanto, identificar e avaliar com eficiência candidatos em todo o mundo”, destaca Pablo Sanchez, Managing Director de Mercados Emergentes.

Para Sanchez, a decisão de retomar ao Brasil se deve ao fato de o país ser estratégico para a América Latina. “O Brasil, assim como Chile e México, são países onde queremos reforçar nossa atuação. Acreditamos que nos próximos 5 anos a demanda por um serviço de recrutamento mais sofisticado e com tecnologia agregada trará um alto valor agregado aos clientes”, diz.

Segundo Arone, a parceria já nasce com potencial para atender as demandas de grupos internacionais ou grandes empresas brasileiras que precisam contratar dentro ou fora do país. “É uma parceria promissora e de muita sinergia, já que a Optme traz o conhecimento do mercado brasileiro e sua grande capacidade de desenvolvimento, e a Catenon agrega com sua plataforma tecnológica e sua expertise com multinacionais”, explica. “Trazemos know how para as empresas de fora que têm necessidades de contratação no nosso país, bem como geramos valor aos grupos brasileiros de porte global que precisam recrutar profissionais em outros continentes. Seja na Faria Lima, Europa ou Ásia encontramos a pessoa certa para os nossos parceiros”, completa.

Arone revela que, para 2019, a estimativa é que a operação cresça 300%. Já no médio/longo prazo, um dos objetivos é programar a expansão do negócio para outras regiões do país. “Queremos em 2 anos preparar nossa operação para estar com escritórios no Rio de Janeiro e também no Nordeste. Nosso objetivo é manter um nível de serviço e atendimento de excelência, agregando valor como um advisory local para RHs”, afirma.

O headhunter vê diversas oportunidades para quem trabalha com seleção de executivos. Em sua opinião, o atual momento brasileiro é favorável com a expectativa de reformas, ajuste fiscal e parcerias público-privada, e alguns setores que estavam comprometidos com a crise, como o de Infraestrutura, já estão buscando profissionais do alto escalão. “Não podemos esquecer das concessões de aeroportos e rodovias”, diz. Outras apostas são os mercados de energia, serviços e tecnologia.